A mineração se baseia em estudos do solo: nenhuma atividade extrativa se inicia antes de se confirmar que a concentração e o montante existente no local justificam o investimento em prospecção. Os minerais de uma região só passam a ser chamados de minérios quando uma análise do solo mostra que a concentração é superior a um valor mínimo, o que torna a exploração rentável.
Suscetabilidade
Esta característica descreve a reação dos minerais à aplicação dos campos magnéticos ou à presença de ímãs. Assim, muitas substâncias são amorfas, simplesmente ignorando campos magnéticos. Alguns minerais, como a hematita (Fe2O3) são ditos paramagnéticos, e reagem fracamente à presença de magnetismo. Já a magnetita (que é o minério de Ferro, Fe3O4), é dito ferromagnético, pois reage com forte atração a campos magnéticos. Outros reagem com repulsão, e são chamados de diamagnéticos, caso da calcita (CaCO3) e da magnesita (MgCO3). Isto possibilita a criação de processos de separação prévia, antes de se iniciar o processo siderúrgico: deste modo, iniciado o processo de fusão, poupa-se energia térmica para aquecer e segregar terra e poeira, areia, detritos vegetais e animais, entre outros compostos indesejáveis.
Separadores em funcionamento
Para que o processo de extração seja efetivo, deve ser dinâmico: pequenas quantidades de minério, devidamente pulverizadas ou separadas por granulação, devem deslizar sequencialmente sobre uma esteira rolante ao término da esteira, monta-se o rolete magnético. Logo no início da curvatura deste último, possibilita o se desprendimento dos materiais amorfos, que abandonam a manta da esteira garantidamente após 1/4 de volta (90°). Eventualmente, no início do rolete magnético é possível instalar-se uma bandeja para recolha dos minerais diamagnéticos, caso existam. Quase no término da meia-volta (180°) em diante, os minérios paramagnéticos irão se desprender rapidamente, e posteriormente, bem após a meia volta poderão ser recolhidos os minérios ferromagnéticos, desprendidos da esteira pela manta corrediça.
Assim, os separadores magnéticos são equipamentos cuja função principal é realizar a separação dos materiais magnéticos e não magnéticos, garantindo a utilização deste em indústrias de pedreiras, minerações, siderúrgicas, cerâmicas, alimentícias e outros segmentos.
Ímãs e eletroímãs
As alternativas mais imediatas para o funcionamento dos cilindros magnéticos consistem de ímãs permanentes, que podem ser obtidos com ligas como o Neodímio e o Praseodímio, que por sua vez possibilitam acumular cargas magnéticas muito elevadas, dispensando qualquer alimentação, circuitos de estabilização e comando, interruptores, etc., não mencionando manutenções preventivas e corretivas, dissipação térmica e custo operacional. Se, no entanto, de fato os ímãs permanentes cobrissem quaisquer demandas, não haveria necessidade da alternativa eletromagnética. Eletroímãs viabilizam campos extremamente poderosos, e a opção de desligar o magnetismo quase instantaneamente: já os imãs permanentes dependem de artifícios mecânicos para blindagem do campo magnético.